segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Fuga


“Houve um tempo em que eu permitia que tudo me atingisse, cada tempestade me arrastava, cada vento desordenava meus dias. Eu era terra sem muralha, vulnerável ao caos do mundo. Mas aprendi a força, que nem tudo merece resposta, que o silêncio pode ser mais valioso do que mil palavras e que a calma é um tesouro raro, frequentemente saqueado por aqueles que não sabem respeitá-la.
Levei anos para entender que não preciso abrir a porta para quem chega fazendo barulho, que a paz não é apenas um refúgio, mas um território que exige defesa. Hoje, escolho com precisão o que permito entrar na minha vida, não por orgulho, mas por sobrevivência. Não é frieza, é sabedoria. Porque aprendi, no mais duro dos caminhos, que nem todos merecem a versão de mim que tanto me custou reconstruir.”

 

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